Zona de Risco Expandiu-se e os Ataques Têm Chegado Mais Longe
As interrupções do Transporte Marítimo de Contentores têm aumentado no Mar Vermelho. Estima-se que durante o segundo trimestre deste ano a capacidade de transporte entre a Ásia e a Europa reduza entre 15 a 20%.
Mas quais são os principais constrangimentos e o impacto no transporte das suas mercadorias? Leia a publicação de hoje no Blog da Olicargo onde desvendamos mais pormenores sobre a situação atual no Mar Vermelho e o que pode esperar em relação aos próximos meses.
Desde o final de 2022 que muitas companhias marítimas tiveram que deixar de atravessar o Mar Vermelho até ao Canal do Suez devido aos ataques de drones e mísseis contra, provocados pelos Houthis do Iémen, contra mercadorias que seguiam a bordo de navios-cargueiros. Numa perspetiva quantitativa, o grupo dos Houthis afirma ter disparado cerca de 606 mísseis e drones em embarcações até agora – que se refletiu numa taxa de acerto de 2,8%.
Se por um lado há quem evite os ataques militares no Mar Vermelho, algumas companhias marítimas optam por enviar navios escoltados por fragatas da marinha francesa, ou de outros países europeus. Contudo, nos últimos meses, a situação tem ficado ainda mais complexa. Os ataques no Mar Vermelho e no Golfo de Áden têm-se espalhado para o Oceano Índico. O Iémen já emitiu um aviso de que, em breve, para além de os ataques se intensificarem nestas áreas, também o Mar Mediterrâneo será incluído nos seus ataques, o que irá obrigar os navios a desviarem-se também dessas zonas.
Nas rotas atualmente afetadas, entre a Ásia e a Europa, os custos de combustível já aumentaram cerca de 40%, por cada viagem, e as taxas de frete são três vezes superiores – e muitas vezes fixadas por cinco anos. Esta conjuntura tem impactado a fatura final onde se refletem os custos das viagens mais longas, nomeadamente o aumento da velocidade de navegação e os custos adicionais de combustível.
Para além das taxas de frete mais elevadas, e os tempos de viagem mais prolongados, existem outros constrangimentos enfrentados pelas companhias marítimas que optam por redirecionar os navios através da rota que cruza o Cabo da Boa Esperança, mais concretamente: paragens em portos que não são o destino final, transbordo para embarcações menores, congestionamento e aglomeração dos navios nos portos, escassez de equipamentos e insuficiência da capacidade de transporte.
De forma a contrariar estas circunstâncias, e uma vez que se prevê que esta crise dure pelo menos até ao final de 2024, algumas companhias marítimas têm tentado obter uma maior capacidade de transporte. É o caso da Maersk que já alugou cerca de 125 mil contentores para conseguir acompanhar o nível de procura dos clientes.
Com os efeitos da situação no Mar Vermelho a agravarem-se a Olicargo demonstra-se ininterruptamente disponível para lhe prestar o devido suporte, em relação à sua carga, e continuar a apresentar-lhe as soluções de Transporte Marítimo mais competitivas, seguras e eficientes do mercado.
Fontes:
Alarabiya News. (2024). Red Sea attacks will cut shipping capacity by 15-20 pct in Q2: Maersk. Consultado a 9 de maio de 2024, em: https://english.alarabiya.net/News/middle-east/2024/05/06/red-sea-attacks-will-cut-shipping-capacity-by-15-20-pct-in-q2
Shippingwatch. (2024). Maersk deploys 125,000 extra containers and heralds crisis surcharge. Consultado a 09 de maio de 2024, em: https://shippingwatch.com/carriers/Container/article17082251.ece?utm_campaign=ShippingWatch%20Newsletter&utm_content=2024-05-06&utm_medium=email&utm_source=shippingwatch_com
Transportes e Negócios. (2024). Maersk: crise no Mar Vermelho está a agravar-se. Consultado a 9 de maio de 2024, em: https://www.transportesenegocios.pt/maersk-crise-no-mar-vermelho-esta-a-agravar-se/